A economia mundial passa por um momento de instabilidade e indefinições em relação ao desempenho nos próximos anos. O surgimento da pandemia da Covid-19, associada à outros fatores já existentes, como a disputa comercial entre EUA e China, e o Brexit, são alguns importantes fatores que têm influenciado o cenário econômico.
De um modo geral, os juros internacionais voltaram a cair, visando incentivar o crescimento econômico, ainda que já estivessem em patamares historicamente baixos. O endividamento das nações, que já estava em níveis preocupantes após a crise de 2008, está se elevando ainda mais, e seu impacto ocorrerá nos próximos anos.
Os Estados Unidos, a primeira economia do mundo, vinha registrando uma sólida evolução de seu PIB e, assim como os demais países, apresentou uma queda do PIB em 2020, da ordem de 3,5%.
O gráfico abaixo demonstra um recorde de tempo de crescimento mensal, iniciado a partir de junho de 2009, que está sendo interrompido.
A economia brasileira, que se encontrava em contexto de baixo crescimento nos últimos anos, após uma forte recessão iniciada no 2° trimestre de 2014, registrou uma queda significativa do PIB em 2020, no patamar de 4,1%.
O gráfico a seguir demonstra a evolução do PIB real trimestral, em comparação ao ano anterior, a partir de 2014:
O Banco Central do Brasil (BCB), a partir de março de 2021, iniciou um movimento de alta da taxa Selic, após a inflação começar um um novo ciclo de alta, desde o meio do ano de 2020. Em abril de 2021, o IPCA já alcançava a taxa de 6,76% em 12 meses, bastante acima do centro da meta de inflação estipulado pelo CMN para o ano, de 3,5% .
Espera-se uma recuperação do PIB em 2021, ainda que de forma não tão significativa, da ordem de 3% a 4%.
O controle da pandemia da Covid-19 é um fator-chave para a retomada mais forte da atividade econômica no país. O equilíbrio das contas públicas, associado às potenciais reformas administrativa e tributária, pode dar um novo impulso ao crescimento do PIB brasileiro a partir de 2022.